Política e Prazeres

Já que o poder é afrodisíaco.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Cassado

O TRE do Mato Grosso cassou há pouco o mandato do Dep. Federal Pedro Henry, PP.
Esse aí é um daqueles mensaleiros que deveriam ter perdido seu mandato já no ano passado.

quarta-feira, novembro 21, 2007

O reconhecimento

A Ponte de Todos já foi inaugurada, está funcionando. Criticamos e continuaremos a criticar a morosidade do Governo e as denúncias de superfaturamento. Uma obra dessas não deveria demorar cinco anos para ser entregue e nem ter seu valor final aumentado em 30%.
Todavia, não podemos fechar os olhos e deixar de reconher a importância da ponte para o futuro da cidade do Natal e para o Rio Grande do Norte. Acreditamos que a ponte não irá desafogar o trânsito como se promete e nem irá ser utilizada pelo povo mais pobre da Zona Norte para se locomover até o trabalho, porém, sabemos que a coletividade, de uma maneira ou de outra, será beneficiada.
O aumento do valor dos imóveis e a sua venda em seguida enseja diretamente uma maior arrecadação de tributos para a cidade e para o estado. Também precisamos lembrar que o aumento crescente de empreendimentos gigantescos de lazer e turismo no litoral norte terá como consequência um aumento da oferta de emprego na região, injetando mais dinheiro no mercado e fazendo girar a economia.
Esperamos que isso e outras coisas boas nos aconteça. Boa sorte para Todos.

terça-feira, novembro 20, 2007

O peso da bobagem

O americano e deputado estadual Gustavo Carvalho tentou hoje revolucionar a engenharia mundial, propôs um novo calculo para saber se uma obra é cara ou não. Ele dividiu o valor da nova ponte, uns 200 milhões, pelo peso dela. Segundo ele saiu mais barato do que o kilo da banana vendida na CEASA.
Ora, se formos começar a mensurar os custos das obras de engenharia do mundo todo desta maneira, vamos acabar descobrindo que apenas somos idiotas, nada mais do que isso.
Inclusive, poderíamos utilizar esse novo método para convencer aqueles que são contra a transposição do velho Chico, cada kilo da obra iria custar o preço de um confeito, cinco centavos, assim poderíamos transpor o Rio Amazonas até Porto Alegre.
O pior de tudo é que tem gente dizendo por aí que o calculo é o máximo.

Governo de papel

O orçamento anual do estado para este ano previa investimentos de 696,5 milhões de reais - não é o ideal para o tamanho do orçamento, mas, de qualquer forma, um volume de recursos considerável. No entanto, até agora, faltando apenas 40 dias para o final do ano, só foram investidos 77,1 milhões (11% do total). Resultado pífio e inaceitável. Lembrando que, no início do ano, a governadora anunciou com todo o estardalhaço o seu "paquinho", o qual prevê investimentos de 15 bilhões de reais em 4 anos. Se não cumpre a sua parte, como esperar que os investidores privados e outros entes cumpram as deles?

Pusilânimes

Amanhã é feriado em Natal, o dia que a governadora escolheu para liberar o trânsito na Ponte de Todos os outros que não somos nós.
E respeitando ao nosso provincianismo, abobalhadamente assistimos ao derramamento de dinheiro público nos festejos para a inauguração.
Nunca ouvimos dizer, só em Natal que se faz esse tipo de coisa, escolhem uma ponte feia, num lugar errado, demoram o mesmo tempo que Juscelino precisou para construir Brasília, gastam mais de milhão para anunciar essa bobagem e todo mundo bate palmas.
Patético!

segunda-feira, novembro 19, 2007

O que dá pra fazer com 1 milhão e 150 mil reais?

Em um texto sobre a inauguração da Ponte, citamos que o estado poderia construir com o dinheiro que será gasto, 638 casas populares, dando 20% de contrapartida e financiando o restante. A situação é melhor ainda para o governo que quer investir em habitação popular. O dinheiro é do FGTS e a fundo perdido.

...e por falar em ponte...


Essa aí é em Magdeburg, Alemanha.

Antevendo um terceiro mandato de Lula

Bye, Bye, Brasil

Chico Buarque
Composição: Roberto Menescal e Chico Buarque

Oi coração!
Não dá prá falar muito não
Espera passar o avião
Assim que o inverno passar
Eu acho que vou te buscar
Aqui tá fazendo calor
Deu pane no ventilador
Já tem fliperama em Macau
Tomei a costeira em Belém do Pará
Puseram uma usina no mar
Talvez fique ruim prá pescar
Meu amor...

No Tocantins
O chefe dos Parintintins
Vidrou na minha calça Lee
Eu vi uns patins prá você
Eu vi um Brasil na tevê
Capaz de cair um toró
Estou me sentindo tão só
Oh! tenha dó de mim
Pintou uma chance legal
Um lance lá na capital
Nem tem que ter ginasial
Meu amor...

No Tabaris
O som é que nem os Bee Gees
Dancei com uma dona infeliz
Que tem um tufão nos quadris
Tem um japonês trás de mim
Eu vou dar um pulo em Manaus
Aqui tá quarenta e dois graus
O sol nunca mais vai se pôr
Eu tenho saudades da nossa canção
Saudades de roça e sertão
Bom mesmo é ter um caminhão
Meu amor...

Baby, bye! bye!
Abraços na mãe e no pai
Eu acho que vou desligar
As fichas já vão terminar
Eu vou me mandar de trenó
Prá rua do sol, Maceió
Peguei uma doença em Ilhéus
Mas já estou quase bom
Em março vou pro Ceará
Com a bênção do meu Orixá
Eu acho bauxita por lá
Meu amor...

Bye, bye Brasil
A última ficha caiu
Eu penso em vocês night'n day
Explica que tá tudo ok
Eu só ando dentro da Lei
Eu quero voltar podes crer
Eu vi um Brasil na TV
Peguei uma doença em Belém
Agora já tá tudo bem
Mas a ligação tá no fim
Tem um japonês trás de mim
Aquela aquarela mudou
Na estrada peguei uma cor
Capaz de cair um toró
Estou me sentindo um jiló
Eu tenho tesão é no mar
Assim que o inverno passar
Bateu uma saudade de ti
Estou a fim de encarar um siri
Com a bênção do Nosso Senhor
O sol nunca mais vai se pôr...

Deu em Noblat

Pesquisa
Terceiro mandato tem apoio da maioria dos brasileiros

Lula conhece desde a semana passada os resultados da primeira pesquisa nacional de opinião sobre o terceiro mandato consecutivo para ele. A maioria dos entrevistados foi favorável.

Mas por ora, ele ainda prefere acabar com a reeleição e fixar o mandato do próximo presidente em cinco anos. Assim ganharia um tempo de descanso para tentar voltar em 2015.

Pode mudar de opinião e aderir à idéia do terceiro mandato consecutivo.

A pesquisa foi aplicada por encomenda do governo. Não será divulgada.

A Ponte do desperdício

A Ponte Natal-Redinha é uma obra importante, principalmente para criar um corredor turístico ligando Natal às praias do litoral Norte. Após vários adiamentos e promessas, a ponte vai ser inaugurada. E temos que reconhecer que o governo tem todo o direito de inaugurá-la com toda a pompa da propaganda do "tá melhor" e oferecer uma festa ao povo, até porque, a população de Natal mesmo usará pouco a Ponte, que servirá muito mais aos turistas. Que, pelo menos, comemore. No entanto, parodiando as propagandas de bebidas alcoólicas: gaste dinheiro com inaugurações e propaganda, mas com moderação.

A festança custará um milhão e cento e cinqüenta mil reais . Por certo, vão servir uísque maior de idade para o nosso povo. Dizendo o valor assim, não causa a indignação necessária, porém, se fizermos alguns cálculos na ponta do lápis, ou nas teclas do computador, a revolta é inevitável. O governo federal, através da Caixa Econômica Federal, tem um programa de financiamento de casas populares. A Caixa exige do estado ou município 20% de contrapartida e financia o restante do valor. Pois bem, uma casa popular de 35 metros quadrados - tamanho mínimo exigido pela Caixa - sai a um custo de mais ou menos 9 mil reais, arredondando pra cima, para facilitar os cálculos (250 reais o metro quadrado). Com mil e oitocentos reais em caixa, o governo pode construir uma casa, financiando o restante do valor. Se disponibilizasse um milhão e 150 mil reais que vai ser gastos na festa em um programa de habitação popular, o governo construiria 638 casas. Calculando com famílias com 4 pessoas em média- sabemos que, na sua maioria, são muito maiores, mas vamos dar essa colher de chá ao governo - 2.500 pessoas teriam casa própria. Será que se elas soubessem disso, ficariam tão satisfeitas com a festa? É dessa forma que se descobre a prioridade de um governo.

Sem falar, no superfaturamento na sua construção de 40 milhões de reais. Tudo constatado pelo Ministério Público Federal, Controladoria-Geral da União e TCU. Não vamos realizar mais cálculos no momento para que a raiva não aumente!

A tarde de Lula

Agora Lula está voando, vindo de Blumenau para Brasília. Deverá chegar por volta de 13:20. Às 16:30 encontrará a presidente eleita da Argentina, a senadora Cristina Kirschner.
No início da noite, 18:30, encontrará com Mantega.

Cássio será julgado hoje

O governador da Paraíba Cássio Cunha Lima e o superintendente do jornal A União José Itamar da Rocha Cândido serão julgados hoje pelo TRE daquele estado.
A ação ajuizada pelo Ministério Público denuncia o uso do jornal pelo governador para se promover durante a eleição do ano passado.
O juiz Carlos Eduardo Leite Lisboa, relator do processo, já votou favorável a cassação. Além da da perda do mandato, se perder essa o governador terá que pagar R$100.000,00 e ficará inelegível por três anos.

domingo, novembro 18, 2007

Hoje em WM

O sertão de Alex
O sertão mais longe que Alex Nascimento pisou fica coisa de 10 léguas de sua casa de Natal: Caiada de Baixo. Mas essa aventura já faz bastante tempo, coisa da primeira juventude. Ninguém mais praciano, mais urbano do que esse cara. Basta um xopingue desses bem modernos para que o poeta determine os marcos que definem seu espaço físico, incluindo meia dúzia de bares, de preferência os que não fecham na madrugada e que não se localizem além da última curva de Ponta Negra. Caiada de Baixo, terra de seus ancestrais, nem é esse sertão todo, desses que o poeta conheceu lendo as páginas do seu colega engenheiro. Não, não é. Caiada, por onde nasce e cria corpo o rio Jundiaí e que hoje tem o pomposo nome de Senador Eloy de Souza - que era um doutor em sertões e metido também a derrubar boi no mato, dentro mesmo da caatinga braba -, fica ali na faixa de transição entre o Agreste e o Sertão, nas vizinhanças do Trairi, mais adiante a Serra do Doutor de onde se desce pelas ladeiras empedradas no rumo do Seridó: Sertões.
Morador de cidade grande e viajor graduado por outros continentes (atravessou de bicicleta não sei quantas caiadas da Holanda, de um lado tulipas do outro, girassóis,) o poeta de “Almas de Rapina” e do “Amor e outras mentiras”, ama o sertão nordestino à sua maneira, admirador de seus violeiros e repentistas, de suas bandas de música e muito mais de sua culinária. No altar-mor do seu paladar estão a carne de sol, o feijão verde, a paçoca, macaxeira, batata doce, queijo de coalho. Abre exceção para uma bacalhoada. Mas isso é uma outra história. Do sertão só não gosta mesmo é do sol que queima aquele chão. Nem o de lá, nem o sol das praias de cá. É ave noturna. Tem um outro bem querer sertanejo de Alex: o doutor Paulo Balá, o médico e o escritor. Leitor de suas cartas, publicadas aqui e acolá neste canto de jornal e reunidas em dois livros, cujo estilo e linguagem são muito do seu agrado estético, mais ainda quando Paulo pesca em boas águas pérolas do falar arcaico do sertanejo que o remete ao quinhentismo de além mar porta aberta por onde Alex descobriu a invenção camoniana.
Noite dessas, no alpendrado do Chez Louís, ele me mostrou um poema que acabara de cometer para homenagear o amigo Paulo Balá. Ainda não colocou título, mas percebe-se que o poeta foi seguindo a métrica que o aproxima da poesia sertaneja nordestina, saudoso das feiras que ele nunca foi. Assim:
Ô miséria
Ô sofrimento
Eu tô que já não me agüento
Vontade de debandar
O Nordeste tá tão seco
Que até nos óio da gente
O sono é mais diferente
Falta água pra chorar
Não tem mais onde doer
E pro meu xodó saber
Confesso pra onde vou:
Correr atrás do inverno
Que aquele cão seu amigo
Disse o rasto que tomar:
Quintos porões do inferno
Sem uma gota molharS
e der vontadeMe cate
Mate essa crua saudade
Antes que essa crueldade
Me mateSe der loucura
Me ache
Traga as mentiras de praxe
Se chover vou te encharcar