Política e Prazeres

Já que o poder é afrodisíaco.

sábado, dezembro 16, 2006

Nóis sofre, mas nóis goza

De Macaco Simão, na Folha de São Paulo de hoje:

E antigamente se dizia que a única saída do Brasil era o aeroporto. E agora a gente sai por onde? Rarará!

Mais uma do filósofo Lula

"Agora, a vidraça sou eu. Jogarei as pedras com mais cautela".

De Dora Kramer

E o ponto central dessa história é o abuso de poder cometido pelo Legislativo. A Mesa substituiu-se ao plenário, usurpou-lhe as prerrogativas e levou o colegiado a fazer o que ninguém, nenhum outro cidadão ou grupo social pode fazer: valer-se da lei para subverter a ordem natural das coisas em causa própria.

Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2006/12/16/

Prenderam as ambulâncias

O relatório da CPI dos sanguessugas causou frustração. Ficou a impressão de que a culpa é das ambulâncias. Se alguém ouvir uma sirene, prepare-se para dar voz de prisão.

Relembrando Sivuca

João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá desse quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no meu mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

Sivuca compôs a música João e Maria em 1947. 30 anos depois, Chico Buarque fez a letra. O grande compositor e sanfoneiro deixa vários clássicos da música brasileira e um trabalho de aproximação entre a música erudita e a popular. O seu mestre Guerra Peixe preparou uma sinfonia no céu para recebê-lo.

Carlos Newton

Carlos Newton, pernambucano que adotou o RN, arquiteto, historiador, poeta, está voltando para Recife. Será o secretário-adjunto de cultura, ajudando o seu grande amigo e mestre Ariano Suassuna. Carlos Newton presidiu a Cooperativa da UFRN e era assessor especial do reitor Ivonildo Rego.

No RN, cogita-se o nome de Claudio Porpino para assumir a Fundação José Augusto.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

João Faustino com Serra

João Faustino assumirá a Subsecretaria de Articulação do Governo de São Paulo junto o Congresso Nacional, Assembléia Legislativa e Prefeituras Municipais. Recebeu convite do governador eleito, José Serra.

Madruga na Advocacia Geral da União

O Advogado da União Antenor Madruga é um dos três nomes que compõem uma lista tríplice que foi enviada pela Associação dos Advogados da União ao ministro da Justiça para ocupar o cargo de Advogado Geral da União.
A competência de Antenor é inquestionável, hoje ele é direitor do DRCI, aquele órgão que tem como objetivo repatriar o dinheiro roubado e enviado ao exterior.
Madruga da melhor qualidade!

De Cláudio Humberto

Lei de Pires

A fé, além de remover montanhas, deverá a partir de agora remover também as filas de espera nos aeroportos.

Blog da Extra Assessoria de Imprensa

O blog das jornalistas Milena Martins, Ana Beatriz Pires e Ariadne Monteiro está repercutindo bem na imprensa potiguar e ampliando o número de leitores. Em duas semanas, já superou a marca dos 1.000 acessos. As notícias são bem variadas e dosa a informação com a necessária opinião sobre os fatos políticos e sociais.

Link: http://extra.imprensa.zip.net/

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Mudança de partido

O senador Augusto Botelho de Roraima anunciou em plenário que mudou de partido. Saiu do PDT e integra agora o PT. Explicou que tomou essa decisão por se identificar com o governo Lula e com as diretrizes do partido dos trabalhadores.

Interessante como os políticos se identificam com os governos, principalmente no Brasil.

Fernando Bezerra se despede

Fernando Bezerra acaba de pronunciar o seu último discurso no plenário do Senado. Fez uma avaliação de sua atuação e afirmou que não deixará a vida pública. Alguns senadores que o apartearam, referiram-se à possibilidade de aproveitamento do senador na equipe governamental de Lula. A cada palavra nesse sentido, Bezerra esboçava um sorriso. O mais provável é que ele venha a ocupar a presidência da Infraero.

Na contramão

A propósta orçamentária do governo do RN para 2007 reduz os investimentos em 30 milhões de reais (8,5% de perda). Em contrapartida, o crescimento percentual das despesas foi de 29,92%.

Fica uma pergunta no ar: é esse o choque de gestão prometido?

Confraternização na ala Filinto Müller

A ala Filinto Müller do senado viveu uma manhã diferente. Senadores, servidores e diretor-geral do Senado confraternizaram-se em um café da manhã natalina. Houve a apresentação de um coral de pessoas da terceira idade. Estavam presentes os senadores Garibaldi Alves, Flexa Ribeiro e Serys Slhessarenko. Ao ser chamado para dançar com uma senhora, prontamente o senador Garibaldi aceitou.

Lula no Congresso

O presidente Lula fala neste momento em sessão solene do Congresso de constituição do Parlamento do Mercosul. Depois da gafe "capilar" da semana, o presidente faz um discurso formal e protocolar.

Do professor François

Pior que a saída de Heloísa Helena do Senado é saber que a mesma será substituída por Collor, autor do maior "estupro" financeiro contra o povo brasileiro. Só me resta parafrasear FHC, "assim não dá, assim não pode..."

Indignação de Garibaldi

O senador Garibaldi usou a tribuna do Senado para denunciar o descaso do governo com a obra de transposição do rio São Francisco. Trechos do pronunciamento:

"Como é, Sr. Presidente, que uma obra como a transposição do rio São Francisco, uma obra gigantesca, que vai redimir milhares e milhares de nordestinos, recebe uma dotação do Governo Federal para o ano de 2007 no valor de R$129,8 milhões? Achando pouco, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Relator setorial, o Deputado mineiro Márcio Pedrosa, se não me engano, cortou R$91,0 milhões, sobrando apenas R$38,8 milhões para a obra, sendo que, desses R$38,8 milhões, R$19,0 são para a gestão e a administração do programa. (...)

Os nordestinos (os cearenses, os norte-rio-grandenses, os paraibanos) pedem respeito para uma obra como essa. Na verdade, esses números são absolutamente ridículos e deploráveis".

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Visita de Arruda a Niemeyer

O governador eleito de Brasília, José Roberto Arruda, visitou Oscar Niemeier para conversar sobre projetos para o Eixo-Monumental de Brasília. Até hoje não foram implementados todos os edifícios previstos para o Eixo. Niemeyer acertou com o governador a entrega dos projetos.

Senado aprova criação da Super-Receita

O Senado aprovou nesta quarta-feira (13) o substitutivo do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) ao projeto de lei que funde a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda (SRF) com a Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social (SRP) e cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, a chamada Super-Receita. Tourinho foi o relator da matéria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e o senador Aloisio Mercadante (PT-SP) a relatou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Fonte: Agência Senado.

Despedida de Heloísa Helena

"Claro que eu vou ficar até o último dia do meu mandato, cumprindo minha obrigação de forma disciplinada, certinha, acompanhando os projetos todos, mas vou voltar a dar aulas na Universidade. Quero agradecer aos convites maravilhosos que recebi de universidades européias e brasileiras, mas estou decidida. Vou voltar para a Universidade Federal de Alagoas; vou ficar com vinte horas para que eu possa ter as outras horas semanais, Simon, para estar lutando pelo Brasil, lutando pelo povo brasileiro, lutando para fazer deste Brasil maravilhoso uma Pátria como eu sonho, que compreendo que pode ser soberana, justa, igualitária, fraterna, socialista. Isso que eu acho que é uma declaração de amor à humanidade.

É isto o que me move: o amor pela humanidade, senão eu não agüentaria. Eu não agüentaria passar o que passei, sofrer o que eu sofri, agüentar o que agüentei. Foi realmente muito difícil".

Personalidades supostamente sem juízo

O presidente Lula afirmou que ser velho de esquerda é não ter juízo. Na opinião do presidente, então, não têm juízo, entre outros, Oscar Niemeyer, arquiteto consagrado; José Saramago, um dos gênios da literatura universal; e Eric Hobsbawm, historiador.

Melhores parlamentares do ano

Terminou a enquete do site Congresso em Foco para escolher os melhores parlamentares do ano. Foram escolhidos 3 senadores - Alvaro Dias (PSDB-PR) 624381 votos, Eduardo Suplicy (PT-SP) 610201 e Jefferson Péres (PDT-AM) 236665; e 3 deputados federais - Fernando Gabeira (PV-RJ) 419498 votos, Gustavo Fruet (PSDB-PR) 419288, e José Eduardo Cardozo (PT-SP) 386329. Foram computados mais de 5 milhões de votos ao total.

Tapas no Senado

Não se sabe ao certo os motivos e quem são as pessoas, mas há uns dez minutos mais ou menos um cidadão foi expulso a tapas, gritos e palavrões do gabinete do Senador Demóstenes Torres.
Esperamos por notícias.

terça-feira, dezembro 12, 2006

De Marco Aurélio Garcia

- Eu sou de esquerda e sou mais velho do que o presidente (...) Eu sou um homem de esquerda. Ou não tenho muito juízo.

Achamos que quando o presidente Lula fez a afirmação estapafúrdia, estava pensando no novo guru do PT, Marco Aurélio Garcia. Não sabemos com exatidão classificar a sua postura ideológica, mas que o presidente do PT não tem juízo, fica claro em uma análise superficial.

Serra empenhado na eleição de Agripino

O governador eleito de SP, José Serra, promete se empenhar pela candidatura de José Agripino à Presidência do Senado. Ontem, em entrevista, o senador Tasso Jereisati afirmou que dos 13 senadores do PSDB, 12 assumiram posição de apoio ao senador potiguar. Se não houver deserção da oposição, Agripino está bem na disputa, já que conta com votos na bancada do PDT e do PMDB.

Balão de ensaio

O suplente de vereador Enildo Alves afirmou que Lula não foi determinante para a vitória de Wilma. O PT espera uma palavra de reconhecimento da governadora ao empenho do presidente, que veio duas vezes ao estado durante a campanha. Se não houver nenhum declaração nesse sentido, interpretam os petistas que já seria um movimento nas hostes wilmistas para não apoiar um candidato do PT na eleição para prefeito de Natal, sob o argumento de que a participação do partido na aliança é secundária.

Enquete do Congresso em Foco

A enquete do site Congresso em Foco para escolher os melhores parlamentares do Congresso se encerra hoje. Os 3 senadores e 3 deputados federais mais votados receberão premiação no dia 19 em solenidade em Brasília. Os mais votados até agora são os seguintes:

Senadores
Eduardo Suplicy (PT-SP) 422729
Alvaro Dias (PSDB-PR) 418029
Pedro Simon (PMDB-RS) 214328
Jefferson Péres (PDT-AM) 211772
Heloísa Helena (Psol-AL) 208649
José Agripino Maia (PFL-RN) 123258

Deputados
Fernando Gabeira (PV-RJ) 313108
José Eduardo Cardozo (PT-SP) 291802
Gustavo Fruet (PSDB-PR) 288511
José Carlos Aleluia (PFL-BA) 275086
Roberto Freire (MD-PE) 155998

Link para votar:
http://congressoemfoco.ig.com.br/Enquete1.aspx?

Saldo dos aeroportos nesta segunda

369 vôos atrazados. E o ministro Waldir Pires afirmou que "é necessária muita fé, rezar um pouco para que dê tudo certo".

Convoquem então uma benzedeira para o lugar do ministro.

O filósofo Lula

- Quem é mais de direita vai ficando mais de centro. Quem é mais de esquerda, vai ficando social-democrata. As coisas vão se confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos que você vai tendo e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito. Se você conhecer uma pessoa idosa esquerdista é porque está com problema. Se acontecer de conhecer alguém muito novo de direita é porque também está com problema. Quando a gente tem 60 anos está no equilíbrio porque a gente não é nem um e nem outro.

O pior de tudo: parece que a platéia - composta por grupo seleto de empresários paulistas - estava gostando da análise.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Garibaldi coloca um ponto final na suposta crise

O senador Garibaldi desfez as especulações em torno de uma crise no PMDB do RN. Ao se referir ao deputado Henrique, o senador disse o seguinte: "Nunca briguei com Henrique, nem na época em que jogávamos biloca". Garibaldi já tinha afirmado que se tivesse algum descontentamento com o deputado, diria ele e não um terceiro.

A herança de Dirceu

Dilma Roussef bateu o pé e o presidente Lula aceitou. Exonerará todas as pessoas da Casa-Civil ligadas a José Dirceu. O ex-ministro forte do governo, que hoje atua nos bastidores, andou fazendo "beicinho", mas quem dá as cartas hoje é a ministra Roussef.

Waldir Pires vai à Câmara

O ministro da Defesa, Waldir Pires, vai à Câmara na quarta-feira para falar sobre segurança de vôo e tráfego aéreo no Brasil, em audiência solicitada pelas comissões de Defesa do Consumidor e de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Em um país civilizado, o ministro ao invés de ir à Câmara, já teria ido para casa há muito tempo. Desde o início de novembro que nós enfrentamos um caos nos aeroportos. Na França, certamente o gabinete teria caído.

O fim de uma era

Eu acho que o Pinochet era um pesadelo do século XX que se arrastou um pouco pelo século XXI. Nos últimos anos torturado pelo passado e agora, morrendo, significa uma nova fase para o Chile, o fim simbólico de uma época que nós todos queremos sepultar. Pinochet estimulou também uma união das repressões latino-americanas operações repressivas fora do seu país, inclusive nos Estados Unidos com a morte do Orlando Letelier. Portanto, era uma figura nefasta, infelizmente o fim de uma vida humana, mas é o início de uma época mais leve para o Chile.

Deputado federal Fernando Gabeira

Fonte: www.gabeira.com.

O fantasma de Pinochet

Pinochet morreu e deixa um triste legado. Das ditaduras militares da America Latina, a do ditador chileno foi a mais sangrenta. Constituiu-se, então, no símbolo de uma época de trevas democráticas e de desrespeito aos direitos humanos em todo um continente. Além disso, amealhou uma fortuna considerável de forma ilícita. Um símbolo do autoritarismo e da corrupção que deve ser exemplarmente combatido independentemente do viés ideológico. José Serra sintetizou bem em que consistiu a atuação política de Pinochet:

Não deixará saudade. Um homem identificado com repressão, tortura e corrupção.

Sem dinheiro, não existe prioridade

O sub-relator da Comissão de Orçamento, deputado Márcio Moreira (PP-MG), retirou R$ 91 milhões dos R$ 129,8 milhões previstos para a transposição do rio São Francisco. O governo federal não disse sequer um "ai". É bom ressaltar que esse corte faz cair por terra o discurso do governo em torno da prioridade da obra. Prioridade sem dinheiro é apenas retórica.

Governo em férias entre os dois mandatos

Villas-Boas Corrêa - Jornalista

A crise da aviação civil, a maior de todos os tempos, recorde do primeiro mandato do reeleito, não exibe em tela inteira apenas a acefalia que paralisa o Executivo. No reverso da mesma moeda expõe a novidade, creditada à criatividade do presidente Lula, do governo oficiosamente em férias coletivas no largo período entre a vitória e a posse a 1° de janeiro. Na afobada improvisação do esquema de emergência para tamponar o rombo na popularidade do seu futuro governo, na coceira da aflição, Lula interrompeu o descanso para presidir reuniões entre os convocados. E parece que caiu em si diante do descalabro administrativo que corrói a imagem do vencedor, que sonha com a confirmação da liderança continental. Aprovou medidas de angustiosa emergência e repassou o exercício da Presidência à ministra Dilma Rousseff, afinal reconhecida na função da sua rotina. O presidente cuidará de resolver outros enguiços que entopem o encanamento oficial.

A perplexidade da atarantada equipe desentrosada chega às raias da comicidade. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, anexou mais uma pérola à coleção de pomposas tolices e escandiu a frase burilada na vigília cívica: “O governo não vai enfrentar a crise com uma pressa neurótica ou temperamental”. Pois é exatamente o que está fazendo. Perdido entre as fardas do Ministério da Defesa, o ministro Waldir Pires arde na fogueira do equívoco da sua escolha para uma área da qual não entende absolutamente nada. Agora, tanto faz como tanto fez ser demitido ou agraciado com mais quatro anos de ócio remunerado. O mal está feito e é irreparável: a crise que maltrata milhares de passageiros em horas que se prolongam em noites e dias no desespero de espera no desconforto dos aeroportos do país é de visibilidade internacional. Expõe o fracasso do governo no momento crítico em que precisa da autoridade e prestígio para montar o esquema de sustentação política e parlamentar e recompor o ministério de mediocridade equivalente ao seu inchaço. Tudo isto desmorona com o fragor de calamidade e as próximas pesquisas devem refletir as oscilações nos índices de popularidade presidencial.

A mancha negra se espalha por todas as brechas. A imagem do êxito burilada pelos marqueteiros durante a campanha acusa as nódoas da decepção popular. Nas ruas e praças da insegurança, a população acuada mostra nas rugas do rosto a frustração de quem se sente enganada. Enxurrada das denúncias escorre por todos os ralos. Os erros na articulação das alianças partidárias saltam como pipocas nas primeiras derrotas no passivo do Planalto. Estava previsto que o deputado José Janene (PP-PR) escaparia da cassação do mandato na maré de desmoralização do Congresso, que uma vez mais desprezou o parecer do Conselho de Ética, a rebelião dos mansos da bancada do recentes aliados do PMDB surpreendeu o governo e impôs severa advertência com a escolha do deputado pefelista Aroldo Cedraz, um ilustre desconhecido do baixo clero, para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União – uma das mais cobiçadas jóias da coroa – derrotando o candidato oficial, deputado Paulo Delgado (PT-MG), por 172 votos a 148. O tempo desperdiçado nas infindáveis rodadas de conversa fiada do presidente com os partidos – que se oferecem para o sacrifício de servir à pátria nos ministérios e secretarias que se amontoam nos palácios superlotados da Esplanada dos Ministérios – agora esmurra a porta do seu gabinete vazio. E berra o aviso de que acordo político só vale com o rateio dos prêmios. O preto no branco e o ministério na mão. Ainda há tempo de evitar o pior. Nos 22 dias até a posse, quanto mais depressa o presidente escolher e convidar os futuros ministros, menor será o desgaste. Do jeito que as coisas desandaram, sem corretivos urgentes a festa da posse exigirá um imenso esforço para reunir a multidão que lave a alma dos muitos desgostos deste período agoniado.

Extraído da Tribuna do Norte: http://tribunadonorte.com.br/coluna.php?id=2020&art=29120

domingo, dezembro 10, 2006

E por falar em palhaços

Perdemos, neste ano, Bussunda, o Palhaço Carequinha e o nosso conterrâneo "Espanta". O mundo ficou mais triste.

A classe média paga o pato II

No dia 17 de novembro, publicamos a seguinte nota:

"A classe média paga o pato

Os pobres e miseráveis recebem o bolsa-família; os ricos especulam e auferem lucros espetaculares no mercado financeiro; os políticos negocistas barganham o mensalão. A classe média paga a conta através de uma carga tributária extorsiva.

Não somos contra o bolsa-família, é apenas uma constatação".

A matéria da Folha de São Paulo de hoje corrobora com o que todos nós sabemos, o achatamento da renda da classe média :

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u113021.shtml

Sorria, hoje é o dia do palhaço

O que seria de nós sem a capacidade de alguns para nos fazer rir. Capacidade conhecida desde o Mundo Antigo. Por exemplo, o teatro grego dividia-se entre tragédia e comédia. Ambas levavam o espectador a um estado de "hipnose" diante da realidade. Sendo que a tragédia encerrava-se com a "catarse", extrapolação dos elementos trágicos que fazia com que o espectador tirasse um pouco dos seus ombros as dificuldades do mundo real, pois ninguém possuia um destino tão cruel quanto o de personagens como Édipo. Com a comédia não. O talento ficcionista é empregado para que as situações se convertam em "riso" ou "gargalhada". Através do humor, muitos desafiam os poderosos ou apenas extraem do público - elite ou plebe - um momento de descontração. Seja de um palhaço refinado ou popular, o entretenimento a partir de situações cômicas nos leva a refletir sobre o mundo e a ampliar o nosso universo. São muitos os gênios nessa arte, Charles Chaplin, Cantinflas, Renato Aragão, Chico Anísio, famosos ou anônimos, que nos fazem experimentar um dos melhores prazeres da vida, sorrir. Só temos a agradecer.

Aviso aos leitores

O blog passou o domingo de ressaca.