O pé direito

Cansado de tantas notícias negativas, o brasileiro não pode mais sequer se orgulhar de sua seleção, freguesa que é na atualidade do México. Até mesmo os jogadores não a enxergam mais com os mesmos olhos. Preferem se poupar para a temporada do futebol europeu. As suas nações são agora o Milan, o Barcelona, o Real Madrid, clubes milionários que os contratam a peso de ouro. Resta-nos, no entanto, a diversão de assistir ao futebol com a narração de Galvão Bueno. O sujeito é síntese da mediocridade que tomou conta do Brasil. Ontem, o México ganhava do Brasil e o jogo se aproximava do seu final. O atacante mexicano recebe a bola em contra-ataque, dribla o goleiro e com um gol escancarado, chuta com o pé direito para fora. Vem então a pérola da noite: "esse jogador não consegue nem amarrar o cadaço da chuteira com o seu pé direito". Pronto. A TV Senado deveria chamar Galvão para transmitir as reuniões do Conselho de Ética do Senado. Talvez lá os seus comentários façam algum sentido.