Morre o teórico do liberalismo contemporâneo

Morreu nessa quinta-feira Milton Friedman aos 94 anos. Economista, Prêmio Nobel da Economia em 1976, Friedman foi voz discordante dos neo-kenesianos que dominavam o ambiente econômico na década de 60 e início da década de 70. Mesmo sem ter ocupado cargo em nenhum governo, influenciou decisivamente as políticas econômicas dos governos de Reagan e Margareth Tatcher que ficaram conhecidas como neoliberais. Era chamado de monetarista, pois enxergava como grande papel do Estado na economia o controle da inflação. Escreveu junto com a sua esposa, Rose, o livro Free to Choose - Liberdade de Escolher, que depois foi transformado em série de TV. Teve como o seu principal rival o canadense Jonh Kenneth Galbraith. Galbraith, discípulo de Keynes, foi assessor dos governos democratas de Roosevelt e Clinton e embaixador na Índia durante o governo de Kennedy. O economista canadense também morreu este ano aos 97 anos. Escreveu, entre tantos livros, "A Economia ao Alcance de (quase) todos" e "A Era da Incerteza" adaptado de uma série para a BBC.

O mundo perdeu este ano dois titãs da economia. Homens que se preocuparam, além de desenvolver as suas teorias, em tornar acessível aos leigos a linguagem econômica.