Balão de ensaio de Aécio

Aécio Neves sabe que a exposição antecipada de um candidato à presidência da república, como a qualquer outro cargo, não é benéfica. Trata, então, de desconversar sobre a sua candidatura e prepara-a bem ao jeito mineiro para que ela nasça naturalmente próximo as eleições de 2010. Até lá, vamos ter muito chão. Depois de muito tempo, não se vislumbra um favorito. Pois em 1994, de início Lula era favorito, mas logo FHC tomou-lhe o favoritismo. Em 1998, a reeleição de FHC foi tranquila. Em 2002 e 2006, confirmou-se o favoritismo de Lula, eleito e reeleito presidente da república. Para as próximas eleições não. O PSDB possui quadros como José Serra, Aécio Neves e o próprio Alckmin; o PSB tem Ciro Gomes, que pode a qualquer momento se filiar ao PT; e o PT prepara algumas opções como a do governador eleito da Bahia, Jaques Wagner. Enxergando essa indefinição e que o principal adversário pode estar ao seu lado, Aécio sentenciou:

- Ninguém é candidato à Presidência da República porque resolveu ser. Quando isso ocorreu, foi só candidato, não venceu as eleições.

Ele bem sabe que nem sempre quem parte na frente ganha no final.