Política e Prazeres

Já que o poder é afrodisíaco.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Paciência tem limite

O senador Garibaldi se insurgiu contra decisão da Mesa do Senado em não lhe facultar a palavra para homenagear Ramez Tebet. A homenagem acabou saíndo em forma de protesto:

Sr. Presidente, queria que V. Exª entendesse que fui alvo de uma injustiça – eu não diria discriminação, mas injustiça.Ontem à tarde, compareci à Mesa, e todos os assessores da Presidência são testemunhas de que assinei o livro dos oradores. E aí está, Sr. Presidente, a Ordem do Dia. V. Exª pode consulta a lista de inscrição e verá que eu era o sexto orador. Falaram mais de seis oradores, mas o sexto orador terminou não falando.Se não fosse por Ramez Tebet, eu estaria calado, Sr. Presidente. Por que eu teria o empenho de falar mais se eu falo aqui quase todos os dias? Falo no Expediente, falo na Ordem do Dia. Mas não são todos os dias que eu falo de um homem da pureza, da retidão, do exemplo de Ramez Tebet.Quero dizer a V. Exª que, se ele estivesse aqui, seria o primeiro a tentar corrigir essa injustiça contra um membro da sua Bancada, a Bancada do PMDB. Não, Sr. Presidente.Esta Casa, já tão violentada, já tão desgastada, não pode aceitar que um orador, um Senador, nas suas prerrogativas, seja silenciado.V. Exª vai me perdoar, mas, se há um homem que não poderia se calar nesta hora, este homem sou eu, porque sei que Ramez Tebet falaria como eu estou falando, em defesa desta Instituição.Sei que muitos aqui podem até estar me condenando, porque estou criando um caso para falar, mas não estou querendo falar por falar. Estou querendo, Sr. Presidente, falar de um homem que nunca se calou diante da injustiça: Ramez Tebet.A ele, a minha homenagem, e a todos, o meu protesto, porque eu, Sr. Presidente, sou um homem que todos conhecem, sou um homem moderado, sou um homem paciente, mas a paciência e a moderação têm limite quando se faz uma injustiça.Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)