Há algo de podre no Reino do Potengy

Natal vive um momento difícil. Foram encontradas 40 toneladas de peixes mortos e a Caern e companhias imunizadoras estão disputando quem jogou menos ou mais cocô no rio Potengi. Essa mortandade guarda em si o descaso do poder público com uma obra essencial que é o saneamento. O próprio Lula revelou, em garfe que deixou a governadora ruborizada, que os governantes gostam mais de investir em pontes, pois possibilitam que se coloquem os seus próprios nomes na obra - achando pouco o presidente ainda nominou "Ponte Wilma" - ao invés de investirem em obra essencial que é o saneamento. A falta de saneamento ainda é ator importante da polêmica envolvendo propina paga aos vereadores para derrubarem vetos do prefeito no projeto do Plano Diretor. Pois, qual é o principal nó que precisa ser desatado para que a construção civil construa sem comprometer a nossa qualidade de vida, o nosso rio, a nossa água e tantos elementos importantes de nossa cidade? O saneamento básico. Ainda temos a "Ponte de Todos", chamada por Lula de "Ponte Wilma" olhando magnânima para o rio. Ponte que já foi superfaturada em 29 milhões de reais e orçada com sobrepreço de 38 milhões de reais, segundo o Ministério Público Federal e laudos do TCU e da Controladoria-Geral da União. E se continuarem a desviar recursos públicos e superfaturar as obras? Receberemos apenas a escória dos "gringos", aqueles que há pouco tempo receberam uma ameaça de "mãozada" de Miguel Mossoró e que foram pegos pela Operação Paraíso da Polícia Federal. Gringos que querem usufruir de nossas "putas tristes" e lavar o seu dinheiro sujo. Cocô em país civilizado só se vê dentro da privada.