Política e Prazeres

Já que o poder é afrodisíaco.

quarta-feira, junho 13, 2007

A Natal européia

Para aqueles potiguares que sempre se deslumbraram demasiadamente com a Europa, hoje em dia nada mais agradável do que ficar em Natal, o novo pedacinho europeu. De ponta a ponta.
Os potiguares, com toda sua maleabilidade, absorveram com muita facilidade tudo que veio do velho continente e se estabeleceu em Natal, tudo mesmo.
Nossa cidade é citada no relatório da Secretaria de Estado dos Estados Unidos, aquela mesma que é dirigida por Rice. E a citação tem importância, é uma das mais importantes no que diz respeito a prostituição, inclusive a infantil. Isso remonta a Inglaterra dos séculos XVIII e XIX, aquela mesmo onde apareceu Jack, o Estripador, o assassino de um monte de damas da vida. Ele oferecia uvas para atrair as moças. Além da inglaterra, não podemos deixar de citar a Holanda, onde a prostituição é tão aberta que os "manequins" são colocados nas vitrines das lojas.
Indo agora à Itália, somos obrigados a comparar o bagunçado e caótico trânsito de Roma com o de Natal. E o que é mais interessante, as belas e largas ruas de Petrópolis e Tirol foram projetadas por um italiano.
E a administração?! Essa aí não perde em nada para a desorganizada administração pública portuguesa, que teve que mudar muito, mas muito mesmo para conseguir entrar na União Européia. Mais bagunçado do que aquilo ali só os gregos. É uma burocracia tão burra quanto a nossa. E claro que os potiguares estão felizes com isso, afinal, somos iguais aos europeus.
Voltando a terra de Leonardo da Vinci, agora temos em Natal uns imitadores de Dom Corleone. Tem uns italianos cobrando aos lojistas de Ponta Negra um "aluguel" para propiciar a eles mais segurança. Já destruíram umas três ou quatro lojas, pra mostrar que quem manda são eles.
E nossa polícia?! Essa aí não perde em nada pra Russa. Aquela polícia sutil e sempre honesta, onde "os tumores são sempre extraídos". Que balela, mentira das grandes. A polícia russa é tão mal vista quanto qualquer outra PM neste nosso país.
Os franceses e os alemães lembram muitos alguns de nossos potiguares. Trabalham pouco devido a legislação trabalhista, os alemães trabalham coisa de seis horas por dia, e no final da tarde se reúnem para jogar conversa fora, claro. Os franceses tomam um café, talvez até um bom vinho no final da noite. Os alemães bebem aquelas jarras de cerveja, geralmente trazidas por uma mulher gorda e loira, que com seus braços fortes e roliços conseguem segurar até cinco canecas de um litro em cada mão.
E o leste europeu?! Esse é melhor nem citar. É melhor terminarmos com a frieza educada dos nórdicos. Esses sim, boa gente, tão boa que até hoje são chamados carinhosamente de bárbaros.